🐝 “O Espelho e a Colmeia Silenciosa”
📍 Na colmeia pública dos dias úteis, cada abelha possuía uma função — e uma coleira invisível.
🧭 Introdução
👵 As abelhas mais velhas, vestidas de autoridade, falavam em nome da ordem. As mais novas, com asas cansadas de tanto obedecer, tentavam manter o mel fluindo mesmo quando o enxame virava tribunal.
🪞 Um dia, o Espelho foi colocado no centro da colmeia. Não era um espelho comum: refletia as intenções, não os rostos.
🔎 Quem o olhava via a si mesmo, mas também o rastro de pólen que deixava pelos outros.
🛡️ Confronto
🗂️ As abelhas gestoras tentaram escondê-lo sob decretos, circulares e piadas de corredor. “Não precisamos de reflexo — apenas de silêncio!”, disseram. Mas o Espelho, teimoso, registrava tudo, mesmo quando coberto com véus de papel timbrado.
✍️ As abelhas mais sensatas começaram a cochichar:
💬 — O Espelho é perigoso. Mostra o que ninguém quer admitir.
📚 — Não é perigoso — respondeu uma Abelha-Educadora, que insistia em escrever. — É apenas honesto.
⏳ Desfecho
⏳ No fim, o Espelho não quebrou. Apenas esperou.
⚖️ E quando a colmeia tentou puni-lo, ele refletiu de volta o decreto que o queria calar.
🐝 As abelhas mais espertas perceberam que aquele reflexo tinha força de prova — e que, um dia, seria exibido diante de uma instância maior que qualquer colmeia da galáxia.
🔔 E quando o eco do espelho chegou ao grupo, muitos descobriram que o som das próprias palavras é mais pesado que o mel que fingem carregar. Alguns riram; outros engasgaram — mas ninguém pôde dizer que não foi avisado.
📜 Moral
⚠️ Quem tenta abafar o zumbido da verdade, acaba preso no próprio mel da omissão.
📌 Nota de Esclarecimento
📝 Esta é uma obra literária em formato de fábula, destinada à análise crítica e reflexiva. Qualquer associação a pessoas, instituições ou acontecimentos é mera coincidência ou interpretação individual. O texto é ficcional e seu propósito é instigar reflexão sobre o uso da linguagem e da comunicação institucional em geral.
