📖 Na Idade Média, um prisioneiro, condenado à guilhotina por roubar uma galinha para saciar a fome, aguardava seu último dia. Como era costume, ele tinha direito a um banquete final. No entanto, em vez de aproveitar a refeição, ele passou suas últimas horas na janela da cela, conversando com um burro que comia feno do lado de fora.
🤔 Um soldado, curioso, aproximou-se e perguntou por que ele estava desperdiçando seu último dia falando com um animal. Com a sagacidade de quem não tem mais nada a perder, o prisioneiro inventou uma história.
🪄 “Eu venho de uma longa linhagem de encantadores de burros”, disse ele. “Meu tataravô, meu avô, meu pai… todos nós temos o dom de ensinar burros a falar. Eu só precisaria de um ano para que este burro aqui se tornasse um grande orador.”
👑 Intrigado, o soldado correu para contar a novidade ao rei. O rei, um homem vaidoso que possuía tudo o que o poder poderia comprar – exércitos, riquezas, mulheres – percebeu que havia algo que nenhum outro monarca possuía: um burro falante. Imediatamente, mandou chamar o prisioneiro.
📜 Diante do trono, o rei fez uma proposta: “Se você realmente pode ensinar meu burro a falar, em um ano você se sentará ao meu lado. Terá riquezas, poder e uma vida de conforto. Mas, se falhar, sua morte não será rápida como a de amanhã. Será lenta, humilhante e dolorosa, para que sirva de exemplo a todos que ousam me enganar.”
⏳ O prisioneiro, que morreria no dia seguinte, aceitou o prazo de um ano.
😟 Ao voltar à sua cela para pegar seus poucos pertences, agora como um protegido do rei, seus companheiros de prisão o celebraram, mas um amigo mais cético o puxou de lado: “Você enlouqueceu? Conheço sua família, ninguém ensina burros a falar! Você apenas trocou uma morte rápida por uma tortura prolongada!”
💡 O prisioneiro, agora com um brilho nos olhos, respondeu calmamente: “Meu amigo, eu ia morrer amanhã. Agora, eu tenho um ano. E em um ano, muita coisa pode acontecer: o rei pode morrer, eu posso morrer… ou o burro pode morrer.”
A moral da história é que há momentos na vida em que a melhor solução para um problema aparentemente insolúvel é, simplesmente, ganhar tempo.